quinta-feira, julho 25, 2013

O BRADO RETUMBANTE



Ouviram do Ipiranga, da Baixada Fluminense, do ABC Paulista, do Triângulo Mineiro, de Coqueiral de Itaparica e de onde mais se pode ouvir alguém neste país, os gritos, cânticos e balas de borracha.

O povo da terra do sol da liberdade (em raios fúlgidos!) escolheu a noite para ser abençoado pela lua (que brilhou nesse instante) e para reivindicar direitos, exigir ética, cobrar transparência, e ser heroico.

Se o penhor dessa igualdade, conseguimos conquistar com braço forte, ah, isso é vandalismo. Desafia o nosso peito a própria morte, o nosso nariz com gás de pimenta, o nosso lombo com a bala de borracha e o nosso punho, erguido, com as algemas.

Se fores gigante pela própria natureza, belo, forte, impávido colosso, jamais pode ter acordado, ou, então, nunca foi gigante. Oh Brasil, teu formoso céu que outrora foste tão risonho e límpido, agora está enevoado pelas brumas do lacrimogêneo.

Tu, que tanto vislumbraste os teus filhos resistindo à luta, agora chora por seus jovens fugindo da ROTAN. Maldita ROTAN! Não deveríamos temer porque te adoramos até na morte, mas ainda não atingimos a insanidade das batalhas.

Se não temos paz no futuro, também não tivemos glórias no passado. São tão verdadeiras quanto os contos da Mamãe Ganso. Para quem ainda não se decidiu, oh, filhos desta mãe gentil, a Terceira Ponte não caiu. Vem pra rua!

FIM!

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